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Câmaras Extraordinárias nos Tribunais do Camboja (em inglês: Extraordinary Chambers in the Courts of Cambodia, ECCC; em francês: Chambres extraordinaires au sein des tribunaux cambodgiens, CETC; em quemer: អង្គជំនុំជម្រះវិសាមញ្ញក្នុងតុលាការកម្ពុជា), comumente conhecido como Tribunal Especial do Camboja ou Tribunal para o Quemer Vermelho ou Julgamento do Quemer Vermelho, é um tribunal criado para julgar os líderes Quemer Vermelho responsáveis por violações do direito internacional e crimes graves perpetrados durante o genocídio cambojano. Embora seja um tribunal nacional, foi estabelecido como parte de um acordo entre o Governo Real do Camboja e as Nações Unidas, e seus membros incluem juízes locais e estrangeiros. É considerado um tribunal híbrido, pois foi criado pelo governo em conjunto com as Nações Unidas, mas permanece independente deles, com julgamentos realizados no Camboja com funcionários cambojanos e internacionais. O tribunal do Camboja solicitou à participação internacional a fim de aplicar os padrões internacionais.
O mandato das Câmaras Extraordinárias estende-se a graves violações do direito penal do Camboja, do direito internacional humanitário e dos costumes e violação das convenções internacionais reconhecidas pelo Camboja, cometidas durante o período entre 17 de abril de 1975 e 6 de janeiro de 1979. Isso inclui crimes contra a humanidade, crimes de guerra e genocídio. O principal objetivo do tribunal, conforme identificado pelas Câmaras Extraordinárias, é fornecer justiça ao povo cambojano que foi vítima das políticas do regime do Quemer Vermelho entre abril de 1975 e janeiro de 1979. No entanto, o apoio à reabilitação da vítima e o alcance da mídia para fins de educação nacional também são descritos como objetivos principais da comissão.